segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CÂNCER BUCAL - CENTRO DE TRATAMENTO

COB - Centro de Oncologia Bucal
Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba – UNESP
 Rua José Bonifácio, 1193,
CEP 16015-050, Araçatuba – SP
 telefone (18) 3636 3275


 Hospital de Câncer de Mato Grosso 
Avenida Historiador Rubens de Mendonça
Cuiabá- Mato Grosso- 78055500
Tel. (65) 3648-7575       (65) 3648-7575

Hospital A.C.Camargo- Fundação Antônio Prudente
R. Professor Antônio Prudente, 211 São Paulo - SP - Liberdade
CEP 01509-010
Tel. 11 2189-5000

Hospital Sírio-Libanês
Rua: Dona Adma Jafet, 91 
Bela Vista - SP
CEP: 01308-000
Tel  (11) 3155-0200

CECON-Centro Capixaba de Oncologia
Rua Eugênio Netto, 180-Praia do Canto
CEP: 29055-270 Vitória - Espírito Santo
Tel.27 2127.4444

Associação de Combate ao Câncer em Goiás 
Rua 239, nº 206, Setor Universitário,
Goiânia - GO
Tel. 62 3243-7097


DOENÇAS PERIODONTAIS

Existem muitas doenças que podem acometer o  periodonto, que nada mais é do que  os tecidos que dão suporte aos dentes tais como osso, gengiva, ligamento periodontal e cemento.
As que ocorrem na maioria das vezes e na maior parte da população são chamadas de Periodontite e Gengivite.

Gengivite
Das doenças que atingem a gengiva, a gengivite é a mais comum, causada pela presença de microrganismos (bactérias) que habitam o sulco gengival, ou seja, abaixo da gengiva, estando ali estas bactérias formam um complexo que é chamado de biofilme e são capazes de produzir substâncias que causam danos às células gengivais e conseqüentemente uma inflamação no local.
Os sintomas incluem vermelhidão da gengiva, dor e sangramento ao escovar os dentes.
O que leva ao desenvolvimento da gengivite é má escovação ou falta de escovação dos dentes, pesquisas mostraram que a não realização da higiene bucal leva em dias a instalação do processo inflamatório e a gengivite.
O tratamento da gengivite é simplesmente restabelecer a escovação após as refeições tanto dos dentes como língua e bochechas. Fazendo isso ela regride sem deixar nenhuma seqüela.



Periodontite
A periodontite é a doença periodontal que resulta da extensão do processo inflamatório iniciado na gengiva para os tecidos de suporte dos dentes.
A periodontite é uma inflamação crônica que acomete gengiva, osso e ligamentos de suporte dos dentes, sendo definida como uma condição patológica multifatorial complexa, na qual a microbiota assim como a resposta imunológica do indivíduo contribuem para a destruição do periodonto. Ela é uma das principais causas de perda de dentes em adultos e a principal causa em pessoas idosas, pela destruição aos poucos das estruturas de sustentação do dente durante as manifestações da periodontite ao logo da vida.
Esta doença pode, também, promover mobilidade e mudança de posição dos dentes e seus sintomas incluem sangramento gengival, alteração do paladar, sensibilidade dental, dores e desconfortos gengivais, alteração da cor dos dentes, mau hálito e tártaro, uma vez que há formação de bolsas nestas regiões, geralmente permeadas de bactérias, e destruição óssea. Em muitos casos, os dentes da frente podem se projetar para fora e pode ocorrer presença e acúmulo de pus.
Uma boa higiene bucal e visitas periódicas ao dentista previnem o aparecimento da infecção, uma vez que a formação de placas bacterianas é um dos fatores principais do aparecimento desta. Fumo, bruxismo, deficiências nutricionais, medicamentos e doenças emocionais podem potencializar os efeitos da periodontite.
O tratamento consiste em raspagens e, em casos mais acentuados, cirurgias periodontais. Pode ser necessário o uso de antibióticos.





MAU HÁLITO OU HALITOSE


Hálito é o ar emitido durante a expiração pela boca e pelo nariz.

A halitose, nome científico do mau hálito, é uma anormalidade do hálito, em que são liberados odores desagradáveis. É um sinal indicativo de que alguma disfunção orgânica (que requer tratamento) ou fisiológica (que requer apenas orientação) esteja acontecendo no organismo.

A halitose pode ser classificada da seguinte forma:

·  Halitose fisiológica


É o conhecido mau hálito matinal. Ocorre devido à diminuição do fluxo salivar durante o sono, causando putrefação de células descamadas da mucosa bucal que permanecem retidas na boca gerando odor desagradável. Além disso, o longo período sem ingestão de alimentos diminui os níveis de glicose no sangue, deixando o hálito com odor cetônico.

Pode ser causada também pela ingestão de algum alimento ou bebida que produz ácidos e compostos que são excretados através dos pulmões acarretando no mau hálito temporário.

De modo geral, a halitose fisiológica é uma condição transitória, facilmente controlada com uma boa higiene bucal.

·  Halitose Patológica

É muito mais intensa e persistente. Pode ser dividida em halitose verdadeira, pseudo-halitose e halitofobia. Na halitose verdadeira existe um mau cheiro objetivo, o que não ocorre na pseudo-halitose.

A halitofobia ocorre em pessoas que se preocupam de modo exagerado com o hálito. Geralmente são pacientes que apresentam alteração no olfato e passam a acreditar que possuem halitose, mesmo que não a tenham.
A halitose pode ser de origem respiratória (ex. sinusite e amidalite); digestiva (ex. erupção gástrica, tumores e úlcera duodenal); metabólica (ex. diabetes, alterações hormonais); emocional (ex. estresse); local (ex. acúmulo de placa dentária, cárie, alterações gengivais e periodontais, peças protéticas deterioradas ou mal adaptadas, alteração na composição e quantidade de saliva e principalmente saburra lingual).

Saburra Lingual

É uma das principais causas de mau hálito. Composta de debris (fragmentos) celulares, restos alimentares e saliva que se depositam no dorso da língua dando aspecto esbranquiçado e amarelado na superfície. Fatores como higiene, dieta inadequada, tabagismo, línguas fissuradas e glossites podem contribuir para o excesso de saburra. Esta condição favorece a proliferação das bactérias produtoras de CSV, responsável pelo mau hálito.

Gengivites e periodontites

Geralmente são conseqüências da má higiene bucal resultando no deposito de saliva, restos alimentares e bactérias entre os dentes e na região subgengival formando a placa bacteriana e posteriormente o tártaro. Nesse processo, ocorre retração gengival e formação de bolsas periodontais, que são locais propícios para o acúmulo de restos alimentares e debris celulares, promovendo um processo inflamatório nas estruturas periodontais e gerando sangramentos frequentes.

Esta situação é ideal para a proliferação e ação de algumas bactérias anaeróbicas presentes na flora bucal que por meio de suas enzimas proteolíticas, degradam peptídeos contendo metionina e cisteína produzindo os compostos sulfurados voláteis (CSV) que causam mau hálito.

Xerostomia

A saliva é um importante mecanismo de lubrificação e participa do controle da flora bacteriana. Assim, a redução de saliva pode causar mau hálito.

Amidalites

Outros causadores do mau hálito são as secreções purulentas, exsudado inflamatório e necrose tecidual que podem estar presentes na amidalite. Além disso, pode haver o acúmulo de restos alimentares em decomposição e debris celulares nas criptas das tonsilas palatinas, gerando halitose.

Sinusites

A presença de secreção nasossinusal estagnada, sangue e secreção purulenta, além do exsudado inflamatório e a participação de bactérias anaeróbicas podem produzir aromas desagradáveis.

Alterações gastrintestinais

Qualquer situação que provoque alteração dos mecanismos esofágicos de propulsão do bolo alimentar pode gerar mau hálito.
O refluxo gastroesofágico raramente é causa de halitose crônica verdadeira persistente. Na maioria das vezes provoca um odor passageiro semelhante a uma regurgitação refletindo o cheiro da refeição mais recente.

Alimentos

Alguns alimentos como alho, cebola, álcool e condimentos são digeridos e absorvidos pelo intestino, mas produtos do seu metabolismo permanecem na corrente sanguínea por tempo prolongado e são liberados pelos pulmões.

Medicamentos

Medicamentos como antidepressivos, diuréticos e anti-histamínicos podem reduzir o fluxo salivar, contribuindo para halitose. Além disso, antibióticos usados na otorrinolaringologia geram aroma metálico característico.

Existem exames para medir a gravidade da halitose, entre eles a sialometria (medição do fluxo salivar) e o halímetro (que mede a quantidade de compostos sulfurados voláteis presentes na boca).
O tratamento depende da causa, por isso é importante o diagnóstico correto, o mais rápido possível para que se possa curar a halitose através do método adequado.



A prevenção é a medida mais importante no caso do mau hálito e acaba sendo a principal forma de tratamento. Deve-se ficar atento a alimentação, bem como manter uma boa higiene bucal.
Pessoas com tendência a terem mau hálito devem evitar comer carne gordurosa, fritura, brócolis, couve-flor, repolho, cebola. Devem dar preferência ao leite desnatado e ao queijo branco ou ricota, evitar bebidas alcoólicas, fumo e medicamentos com cheiro acentuado.
Uma boa frequência de ingestão de água e de alimentos que contenham carboidrato é importante. A alimentação rica em cenoura, maça e outros alimentos fibrosos auxilia na promoção de uma limpeza dos dentes, na linha da gengiva.
É muito importante que a higiene bucal e lingual seja caprichada. Os dentes devem ser escovados após as refeições e quando houver necessidade. Para a eliminação da saburra, deve ser utilizados limpadores de língua específicos em cada escovação. Além disso, o uso do fio dental e a realização de bochechos com anti-sépticos bucais melhoram o problema.
Pode também ser feita a estimulação de saliva de maneira fisiológica com balas sem açúcar, gomas de mascar, gotas de suco de limão com um pouco de sal. Existem também produtos que ajudam umidificar a boca.
Consultas periódicas ao dentista são essenciais, principalmente para uma higienização mais profissional (melhorando a eficácia na remoção da placa bacteriana ou acúmulo de tártaro).
Por que a pessoa que tem halitose não sabe de sua condição?
Isso ocorre porque o olfato, assim como a visão, é suscetível a grande adaptação. Na primeira exposição a um cheiro muito forte, a sensação pode ser muito intensa, mas dentro de alguns minutos, o odor quase não é mais sentido. Dessa forma, as pessoas ficam incapazes de avaliar sua própria halitose.

Dicas para saber se você tem mau hálito

1 – Faça um auto-exame de língua diante de um espelho, para verificar a presença de saburra lingual,

2 – Pergunte a alguma pessoa (de preferência um familiar que será sincero),

3 – Existem aparelhos capazes de medir o hálito, dessa maneira é possível saber se há halitose.














sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Aspectos de uma boca saudável

Dentes
  • Sem dor
  • Sem manchas
  • Sem trincas ou fraturas


Parte interna da bochecha
  • Lisa
  • Uniforme
  • Sem feridas
  • Rosada


Palato (Céu da boca)
  • Cor rósea / esbranquiçada
  • Consistência dura
  • Sem manchas e feridas


Lábios
  • Sem feridas

Gengiva
  • Cor rósea pálida
  • Aspecto casca de laranja
  • Sem sangramento
  • Sem inchaço
  • Uniforme


Língua
  • Cor rósea
  • Sem feridas
  • Sem manchas


Assoalho bucal (embaixo da língua)
  • Cor rósea / avermelhada
  • Sem feridas
  • Consistência flácida

O que pode e o que não pode ser transmitido pelo beijo


O QUE PEGA:

Herpes
Mesmo que no momento do beijo o parceiro não tenha nenhum indício do problema, ele pode ter o vírus causador da doença e transmiti-lo. Depois do contágio, não há cura e a pessoa passa a conviver com o herpes, que pode se manifestar anos mais tarde, geralmente durante fases em que estiver com a imunidade baixa. O herpes pode aparecer como um machucado na boca ou até mesmo em outras partes do corpo.

Gripe, Gripe A
O vírus da gripe mais temida em 2009 (H1N1) pode ser transmitida pelo beijo; o qual é uma maneira extremamente eficaz de contaminação. Os sintomas da doença são semelhantes aos de uma gripe comum, com febre, tosse, coriza e dores de cabeça e no corpo.

Sífilis
A sífilis pode ser transmitida pelo beijo, se a outra pessoa estiver contaminada e tiver alguma ferida na boca. A forma mais comum de contágio, no entanto, é a sexual. A doença é causada por uma bactéria chamada treponema pallidum e pode aparecer em diferentes partes do corpo e levar até uma semana após o contágio para aparecer.

Cárie
Se você não dá a devida atenção à higiene bucal, pode pegar – e transmitir – cárie através do beijo. Para evitar pegar a bactéria alheia, capriche na escovação e não abra mão do fio dental diariamente, assim você fortalece a sua imunidade bucal e as bactérias não encontrarão um ambiente propício ao desenvolvimento.

Meningite
De acordo com um estudo realizado por médicos australianos, beijar na boca de múltiplos parceiros aumenta em quatro vezes a chance de pegar meningite meningocócica. A definição de “múltiplos” para os pesquisadores é de sete pessoas em duas semanas. A transmissão da meningite é preocupante, já que a doença tem uma evolução rápida e pode ser fatal. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, vômitos, diarréia e rigidez dos músculos da nuca, ombros e costas.

Mononucleose
Não é preciso dizer qual a principal forma de contaminação da chamada “doença do beijo”. Como nem sempre a pessoa sabe que tem o vírus Epstein-Barr, já que a mononucleose pode ser assintomática, ela acaba transmitindo a

doença a outras pessoas. Nos casos em que há sintomas, os principais são fadiga, dor de garganta, tosse e inchaço dos gânglios, aumento do número de monócitos (glóbulos brancos) no sangue. Vale lembrar que o vírus pode ficar incubado de 30 a 45 dias no organismo e não tem cura.

Uretrite
 Inflamação da mucosa da uretra.

Candidíase
Afecção aguda, subaguda ou crônica causada por leveduras pertencentes ao gênero Candida albicans.

Tuberculose
Doença infecciosa e contagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch).

Gengivite
Inflamação da gengiva, causada por bactérias (placas), que pode se agravar e atingir o osso que  envolve e mantém firmes os dentes. Tem-se observado o aumento do número de casos de gengivite.

 Faringite
Inflamação da faringe, região situada entre as amígdalas e laringe (onde se forma a voz), pode ser causada por vírus e bactérias.

 Laringite
Inflamação aguda ou crônica da laringe (onde estão as cordas vocais), causada por vírus e também bactérias.

 Amigdalite
Inflamação das amígdalas, geralmente provocada por uma infecção estreptocócica (bacteriana) ou, com menos freqüência, por uma infecção viral.

Hepatite
Tipo A
: Sua principal forma de contágio é através de fezes contaminadas. Raramente será transmitida através do beijo. A hepatite A também provoca febre, diarréia e deixa a pele amarelada. Não existe um tratamento específico para a doença, indica-se muito repouso e nada de bebida alcoólica.

Tipo B: Pode ser transmitida pelo beijo. Para isso acontecer, a pessoa doente tem que ter um machucadinho na boca, corte, ou qualquer coisa que libere sangue. A forma mais comum de contágio dessa doença é pelo contato com sangue contaminado: seringas, transfusões, etc. A hepatite B afeta o fígado e num estágio mais avançado pode até causar cirrose.



O QUE NÃO PEGA

Hepatite Tipo CDe acordo como o Ministério da Saúde do País, esta não é transmitida pelo beijo. É possível pegar hepatite C tendo contato com o sangue contaminado ou em relações sexuais sem o uso da camisinha. A hepatite C é causada pelo vírus HCV e, em geral, os sintomas levam até 10 anos para se manifestar.

Gonorréia
Ou blenorragia, é causada por gonococo, caracteriza-se por uma inflamação das vias geniturinárias (relativo às funções de reprodução e de eliminação de urina), com corrimento purulento e dores à micção. Sua transmissão ocorre através do contato sexual.

Aids
Não existe nenhum caso registrado na literatura de contágio pelo beijo, suor, lágrimas, usar o mesmo sabonete, talher ou copo. Sua transmissão ocorre através de relações sexuais não protegidas, transfusões de sangue, amamentação e uso de seringas e agulhas compartilhadas.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cárie


O que é a cárie?
A cárie é uma doença transmissível e infecciosa. Ela acontece quando há a associação entre placa bacteriana cariogênica, dieta inadequada e higiene bucal deficiente. Quando o açúcar entra em contato com a placa bacteriana, formam-se ácidos que serão responsáveis pela saída de minerais do dente.

O que é placa bacteriana?
A placa bacteriana é uma espécie de película composta de bactérias vivas e de resíduos alimentares que se depositam sobre e entre os dentes. Ela é cariogênica quando bactérias capazes de causar a doença cárie estão presentes na sua composição.

Meus dentes podem ser pouco resistentes à cárie?
Existem algumas doenças que podem alterar a composição dos dentes, levando à má-formação dentária. Além disso, todos os dentes são mais susceptíveis à cárie quando erupcionam, pois ainda não estão com a calcificação completa. Isso só será um problema se houver acúmulo da placa bacteriana cariogênica sobre os dentes, pois esta permitirá que a lesão se inicie. Indivíduos com deficiências físicas ou mentais que apresentam dificuldades na limpeza dos dentes devem ser supervisionados durante a escovação. Portanto, independentemente de os dentes serem mais ou menos resistentes, o importante é que a limpeza dos dentes seja realizada de maneira adequada.

Quais são os alimentos mais cariogênicos? Há alimentos que protegem contra a cárie?
Os alimentos mais cariogênicos são os que apresentam açúcar na sua composição: os doces, as balas, os caramelos, os chocolates, os chicletes e os refrigerantes são exemplos desses alimentos. Existem alguns alimentos que escondem o açúcar na sua composição, como a mostarda e o ketchup. Todos esses alimentos podem ser consumidos, mas de maneira racional, isto é, junto às principais refeições, seguindo-se a escovação. A freqüência com que se come o açúcar é muito importante: quando você ingere açúcar, os seus dentes ficam expostos aos ácidos produtores de cárie durante 20 minutos; se você ingerir açúcar 5 vezes ao dia, os seus dentes poderão ficar expostos aos ácidos produtores de cárie durante 100 minutos! O açúcar também pode estar presente em medicamentos líquidos e xaroposos, portanto, após ingeri-los, é preciso escovar os dentes. A ingestão de farináceos e salgadinhos, principalmente entre as refeições, é um hábito considerado pouco saudável, quando se pensa em prevenção da doença e, portanto, deve ser evitado. Por outro lado, existem alimentos como o queijo e o leite que são considerados protetores dos dentes. Eles apresentam alto conteúdo de cálcio e fosfatos, que protegem contra a desmineralização do dente.

O mel ou o açúcar mascavo podem substituir o açúcar sem danos aos dentes?
Esses alimentos são ricos em açúcares facilmente transformados em ácidos pelas bactérias cariogênicas. O hábito de adoçar alimentos ou lambuzar a chupeta com mel pode provocar lesões de cárie, portanto, deve ser evitado.

Como posso saber se tenho cárie?
A identificação das lesões de cárie pode ser feita através da visão direta dos dentes e do emprego do fio dental. Antes de observar a superfície dentária, há necessidade de remoção da placa bacteriana que a recobre. Portanto, você deve fazer o auto-exame após escovar seus dentes e em local bastante iluminado. Essa doença se estabelece antes de as cavidades serem vistas nos dentes. Portanto, procure alguma alteração de cor como manchas brancas ou acastanhadas na parte superior dos dentes (sulcos e fissuras) e entre os dentes. Em um estágio mais avançado da doença, as manchas podem evoluir para cavidades e os sintomas já começam a aparecer: dor quando mastigamos alimentos doces ou quando bebemos algo quente ou gelado, causando desconforto e mau hálito. O fato de o fio dental ficar preso entre os dentes também pode ser um sinal de lesão de cárie.

Como posso combater ou prevenir essa doença?
Controlando os fatores que podem ajudar no aparecimento das lesões de cárie. Dentre esses fatores, podem ser citados: evitar a ingestão de alimentos açucarados – caso não seja possível, você deve ingeri-los junto às principais refeições – e limpar os dentes de maneira adequada, utilizando escova, fio dental e pasta de dente com flúor. O flúor é um importante auxiliar no combate à cárie pois previne a desmineralização, isto é, a saída de minerais do dente e favorece a remineralização, que é a entrada de minerais em pequenas lesões de cárie (lesões de manchas brancas ou acastanhadas opacas), antes que elas se tornem cavidades. A limpeza deve ser realizada sempre após as principais refeições e antes de dormir. É importante visitar seu dentista regularmente para que ele possa, através do exame clínico, controlar sua saúde bucal e orientar sobre qualquer dúvida que possa surgir com relação à mesma.

Existe vacina para a cárie?
Apesar dos estudos feitos até agora, não podemos contar com uma “vacina” que previna a cárie dentária.


Fonte: -http://www.dentistasrs.com.br/orientacao/como%20prevenir%20caries.htm

A boca e as doenças sexualmente transmissíveis

Sexo oral inseguro e doenças sexualmente transmissíveis são uma mistura perigosa.
Até mesmo o beijo na hora de “ficar” apresenta risco à saúde. Confira as orientações da Associação Brasileira de Odontologia (ABO)



Ao contrário do que muita gente pensa, sexo oral também é um caminho para contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). E em alguns casos, uma DST oral pode ser até mais difícil de diagnosticar e tratar. O cirurgião-dentista pode reconhecer os sintomas orais de uma DST e instruir o paciente a procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico.
Segundo a literatura científica internacional, muitos pacientes sequer consideram sexo oral como um autêntico intercurso sexual. Uma pesquisa publicada no jornal da Academia de Odontologia Clínica Geral dos EUA em 2002 revela que 60% dos universitários entrevistados não consideravam o contato oral-genital como prática sexual. E mais de 55% dos adolescentes consultados admitiram praticar atos de sexo oral.
Noventa por cento dos que contraíram o componente oral de uma DST – como gonorréia – eram provavelmente assintomáticos (não apresentam sinais evidentes de contágio).
Os outros 10% exibiam sintomas como inflamação ou edema gengival e hemorragia. Estes sintomas lembram os sinais de outra doença, a dolorosa gengivite necrosante ulcerativa aguda (GUNA). Esta doença, ao contrário da gonorréia, tem um odor desagradável.
Alguns pacientes com manifestações orais de DSTs também apresentam sintomas parecidos com os de uma gripe. È possível ainda que uma DST possa permanecer assintomática na boca.
Segundo dados do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde referentes a 2003. a sífilis acomete 937.000 pessoas; gonorréia, 1.541.800; clamídia, 1.967.200; herpes genital, 640.900; e HPV, 685.400. Para reduzir o risco de contaminação através de sexo oral, a Associação Brasileira de Odontologia (ABO Nacional) orienta os pacientes a seguir as instruções das autoridades de saúde: praticar sexo seguro e usar camisinha ou barreira de látex.

Beijos na Balada
Nas baladas muitas pessoas gostam de “ficar” com o maior número de parceiros casuais possível. Porém, este comportamento atual é considerado de alto risco pela promiscuidade inerente. Existem vários tipos de doenças potencialmente transmissíveis pelo beijo.
A mononucleose (doença do beijo), cárie, gengivite, candidíase (sapinho), herpes labial, tuberculose, hepatite e até as doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis e a gonorréia podem passar de um “ficante” a outro.
Para não ter surpresas desagradáveis pós-balada, recomenda-se cuidar bem da higiene bucal e visitar regularmente o dentista. Um exame clínico de rotina é capaz de identificar os primeiros sintomas das manifestações bucal de DSTs, por exemplo.

As manifestações orais das DSTs mais comuns ou doenças que podem ser mais facilmente transmitidas pelo beijo são:
O relacionamento sexual oral sem preservativo, mesmo entre pessoas normais, pode sempre vir a trazer alguma alteração na flora bacteriana, tanto bucal como genital. Essa condição é possibilitada pela troca dos fluidos e microrganismos salivar e genital, podendo os microrganismos de uma cavidade agir patologicamente em outra cavidade de nosso organismo, gerando alguns desequilíbrios das bactérias locais, essas alterações tendem normalmente a se auto-regular sem necessidade de antibióticos. Em caso de dúvidas consulte sempre um especialista.
Você pode adquirir inúmeras doenças sexualmente transmissíveis – (DSTs) pelo sexo oral, caso você tenha algum sangramento, como o sangramento gengival, aftas ou quaisquer tipos de lesões na boca, que exponham o tecido conjuntivo e, que na ocasião em que este processo ulcerativo estiver presente, ele acabe entrando em contato com uma pessoa que seja portadora da doença e que tenha também qualquer pequena ulceração.

As doenças sexualmente transmissíveis mais freqüentemente transmitidas ou adquiridas na boca são: Herpes, HPV, Sífilis, AIDS, Gonorréia, Cancro Mole, Candidíase; Uretrites, porém podemos considerar que em certos casos, as Hepatites A, B, C podem ser transmitidas pelas relações sexuais, assim com, gripes, hanseníases (saliva e secreções), etc, portanto, poderíamos considerá-las como Doenças Sexualmente Transmissíveis – DSTs.

* HPV - O Condiloma acuminatum tem aspecto de verruga e é causada pelo Papilomavirus humano ou Human Papillomavirus (HPV) parecem na boca, verrugas achatadas e esbranquiçadas, têm um formato bem peculiar de “crista de galo”, nome pelo qual são comumente conhecidas. Podem aparecer de forma única, mas o mais comum é que existam muitas verrugas muito pequeninas, normalmente são indolores e imperceptíveis aos olhos de seus portadores. Podendo aparecer nas pontas das papilas da gengiva, na língua, na bochecha, palato, na garganta e tonsilas. Os sorotipos HPV 16 e HPV 18 são cancerizáveis, sendo os carcinomas de células escamosas os de maior ocorrência. Num trabalho na Johns Hopkins University School of Medicine – Baltimore Maryland USA, desenvolvido no Hospital Johns Hopkins, no Centro de Oncologia, um estudo com 253 casos, da Dra. Maura Gilisom demonstrou que 25% dos pacientes com câncer no departamento de cabeça e pescoço, tiveram resultados positivos para HPV, sendo 90% deles para o sorotipo HPV 16.

* Sífilis - Causada por uma bactéria Treponema pallidum se manifesta na boca, língua, palato, bochechas, lábios, faringe e gengiva. Aparecendo pela primeira vez após aproximadamente 21 dias do contacto direto com a área infectada, tem um aspecto de vulcão, ou seja, uma úlcera de bordos elevados e duros, por estas características a lesão primaria da sífilis, recebeu o nome de “Cancro Duro.” A lesão primária depois de algum tempo desaparece e a doença continua evoluindo para a sífilis secundária, que pode ser caracterizada por pequenas roséolas, simétricas e bilaterais, comumente ocorrem no palato, língua e bochechas. As lesões secundárias continuam evoluindo acometendo o sistema nervoso do indivíduo é uma fase de Goma sifilítica, que pode chegar à loucura e à óbito dos indivíduos. A sífilis ainda, pode ser transmitida pela mãe gestante por via placentária, sendo mais comum, após o terceiro mês de gravidez, ocorrendo a sífilis congênita o que acarreta que a criança venha a ter má formações, como nariz em forma de cela e dentes mal formados em forma de barril.

* Gonorréia ou Blenorragia - A gonorréia é causada pela bactéria Neisseria gonorrea e pode sim ser adquirida do trato genito-urinário pelo meio bucal, causando uma infecção que acomete a boca, faringe e tonsilas palatinas. É uma doença que pode causar irritação, supuração, mal estar e febre. De acordo com a literatura a mesma pode desaparecer sozinha, após no máximo 3 meses da infecção.

* Cancro Mole - Aparecem de 1 a 4 dias após o contacto sexual é causado por uma bactéria denominada Haemophilus ducrei. São lesões em forma de úlceras com bordos elevados e moles, transmitidas por relações sexuais principalmente oro-anais, oro-genito-anais e oro-genitais. Estas lesões podem aparecer na boca, lábio, faringe, bochecha; são úlceras dolorosas e purulentas.

* Candidiase - “Sapinho” como é chamado popularmente, é causada por um fungo chamado Candida albicans, que pode ser transmitido por um beijo e por uma relação buco-genital desenvolvendo a doença. Esta doença se manifesta na forma de um creme que é facilmente removido. Na boca a maior freqüência é no ângulo do início da comissura bucal e na bochecha. Sua manifestação é facilitada pela utilização exacerbada de antibiótico o que favorece o desenvolvimento da microbiota fúngica. As manifestações fúngicas também são facilitadas pela quebra da homeostase do organismo por doenças debilitantes.

* Gengivite: gengivas vermelhas e sangrantes, raramente dolorosas;

* Mononucleose: petéquias (pequenas manchas vermelhas) no palato, aumento de volume da garganta com linfoadenopatia cervical (gânglios no pescoço). Estes sinais costumam ocorrer após um mês do contágio;

* Sífilis: ferida indolor no lábio ou língua. Presença de íngua no pescoço.

* Aids: Apesar de serem menos freqüentes os casos de transmissão por sexo oral, a Aids pode sim ser transmitida por relacionamento sexual oral. A principal preocupação é se você tiver algum sangramento, como o sangramento gengival, aftas ou quaisquer tipos de lesões na boca, que exponham o tecido conjuntivo e, que na ocasião em que este processo ulcerativo estiver presente, ele acabe entrando em contato com uma pessoa que seja portadora da doença e que tenha também qualquer pequena ulceração em mucosa.
- A Síndrome
da Imuno Deficiência Adquirida é transmitida pelo Vírus HIV I e II através de relações sexuais genitais, anais, buco-genitais, buco-anais e buco-genito-anais em contacto direto com líquido e mucosa vaginal ou anal, fluidos, esperma e principalmente sangue. Atingem principalmente adultos de ambos os gêneros e todos os grupos étnicos. Pode ser também uma forma de contágio a utilização de injeções com material não descartável contaminado. Manifestam-se na boca, através da exacerbação de aftas, candidiase, condições herpéticas, aumento da reação inflamatória em doenças periodontais. A aparência normal de um indivíduo não quer dizer que ele não tenha AIDS, portanto a melhor maneira de prevenção é utilizar sempre os preservativos genitais masculinos ou femininos e se possível também preservativos bucais para uma relação segura. Não empreste escova de dente e suas lâminas de barbear, nem para o seu melhor amigo. Certifique-se que os instrumentos, seringas e alicates de cutícula que você faz uso são confiavelmente estéreis e seguros.

* Herpes: Os herpes e uma doença causada pelo vírus Herpes simplex, que se manifestam na boca como uma ou várias vesículas cheias de líquido, podem ser do tipo I – Herpes bucalis ou do tipo II – Herpes genitalis, os dois tipos associados ou separados, podem se manifestar na boca e na genitália após aproximadamente 14 dias do contágio, sendo que a manifestação do H. genitalis no lábio é mais dolorida do que a do H. bucalis. Acometem a boca toda, os lábios, faringe, língua, palato e tonsilas.
Os sintomas do herpes oral incluem febre, cansaço, dores musculares e irritabilidade. Bolhas doloridas aparecem nos lábios, gengivas, na parte anterior da língua, no interior da bochecha, garganta e do palato. Estas vesículas podem inchar e arrebentar, resultando em sangramento. O Herpes oral torna difícil para o paciente o ato de se alimentar, beber e falar, sendo uma doença altamente contagiosa que pode se propagar de pessoa para pessoa quando as bolhas entram em erupção. Muitas vezes, esta infecção está associada à ocorrência de febre alta e baixa resistência imunológica.




 SEXO ORAL
Atualmente, ainda são os homens que detém a maior prevalência de doenças sexualmente transmissíveis, mas as mulheres a cada dia vêm apresentando maior freqüência. Isto não se deve a susceptibilidade e sim a um maior comportamento de risco em relacionamentos sexuais.
O contágio ou infecção se dá por contato sexual direto, por meio das relações bucais, também conhecidas como sexo oral, ocorrendo então, por relacionamentos sexuais buco-genitais, buco-anais e buco-genito-anais, como também podem ocorrer tão somente pelas relações buco-bucais. São mais susceptíveis aqueles que têm sangramentos gengivais, ulcerações bucais e lesões nos tecidos epiteliais da boca ou oro-faringe, associados a uma má higiene bucal.
A transmissão de doenças sexualmente transmissíveis pela realização do sexo oral, ocorre principalmente quando o parceiro tem feridas abertas na região genital, que são muitas vezes não percebidas. Pode-se também adquirir a infecção através do sexo oral se ele tem alguma lesão ou cortes na língua, gengivas ou na boca, também muitas vezes não percebidas. O risco de transmissão também pode aumentar devido a certas atividades realizadas antes ou depois do sexo oral. Estas incluem escovar os dentes, utilizar fio dental, mastigar alimentos ou qualquer tipo de trabalho odontológico realizado. A infecção também pode se espalhar devido à partilha de colheres, copos, escovas, toalhas e até lenços infectados.

PREVENÇÃO
O relacionamento sexual seguro, sempre deve ser com preservativo e uma excelente higiene bucal, devemos ainda enfatizar que é fundamental uma excelente higiene bucal, por meio da escovação, utilização do fio dental corretamente e cremes dentais que contenham formulação anti-séptica, além de utilizar como co-adjuvantes enxaguatórios bucais com formulação anti-séptica sem álcool. Estes procedimentos citados são a melhor forma de prevenção das Doenças Bucais Sexualmente Transmissíveis.
Uma higiene eficaz corpórea e uma higiene bucal adequada são formas de evitar o estabelecimento de doenças por ulcerações e lesões do tecido epitelial; os controles periódicos em consultórios odontológicos e médicos; uma vida regrada sem o risco de sexo inseguro e com o mesmo parceiro/a.
A higiene bucal é condição indispensável para a manutenção da saúde bucal e todos os produtos que pudermos lançar mão para a não ulceração e para a promoção da saúde serão bem vindos. Os anti-sépticos bucais sem álcool e a base de clorhexidina são coadjuvantes no controle das infecções como as doenças periodontais, portanto, ajudam a evitar ulcerações e exposição de tecido conjuntivo. A higiene bucal é a forma mais simples, mais barata e segura de prevenção para inúmeras doenças, cuja porta de entrada é o meio bucal, principalmente quando ulcerado.

Exemplos de Tratamentos:
* Herpes Bucal I e II – Tratamentos mais comuns: Auto-vacinas e Anti-virais existentes no mercado como o aciclovir, podem ser utilizados produtos anestésicos locais.
* HPV Bucal – Identificação com lupa e remoção cirúrgica das verrugas ou Quimiocirurgia ou Eletrocirurgia das lesões, já existem vacinas para mulheres moças e é fundamental a manutenção de uma boa higiene bucal.
* Gonorréia ou Blenorragia Bucal – A gonorréia bucal geralmente se cura espontaneamente com uma boa higiene bucal, porém pode haver a necessidade de que sejam utilizados antibióticos específicos para essas bactérias Gram negativas.
* Cancro Mole – O tratamento é dado por antibióticos específicos para o microrganismo Haemophyllus ducrei e uma boa higiene bucal.
* Sífilis com manifestação bucal – Causada por uma bactéria Treponema pallidum tem como tratamento a antibioticoterapia, normalmente à base de Penicilina Benzatina e uma boa higiene bucal.
* Candidiase Bucal – “Sapinho” o tratamento é uma boa higiene bucal, com remoção do creme fúngico e caso a formação de colônias fúngicas permaneçam, ministrar fungicidas locais e sistêmicos. O iogurte é uma excelente indicação para alterações fúngicas na boca, pois os Lactobacilos concorrem e matam os fungos causadores das candidíases.
* AIDS ou SIDA – A Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida é tratada com o coquetel à base de AZT e esta indicada a boa higiene bucal.
Vale lembrar que cada caso deverá ser analisado separadamente e a propedêutica medicamentosa para o tratamento da lesão em questão, caberá tão somente, ao profissional, após o diagnóstico, o prognóstico e a determinação do plano de tratamento.
Concluindo:
O relacionamento sexual seguro, sempre deve ser com preservativo, devemos ainda enfatizar que é fundamental valorizar a manutenção de uma excelente higiene bucal, por meio da escovação, utilização do fio dental corretamente e cremes dentais que contenham formulação anti-séptica, além de utilizar como co-adjuvantes enxaguatórios bucais com formulação anti- séptica sem álcool, para que não existam úlceras e sangramentos gengivais ou das mucosas bucais. Estes procedimentos citados são a melhor forma de prevenção das Doenças Bucais Sexualmente Transmissíveis – DSTs.

 Fonte :http://www.institutosmile.com.br/index.php/a-boca-doencas-sexualmente-transmissiveis/




Ser dentista é...

Ser dentista é ... permanecer sério enquanto a paciente se debate como uma tartaruga virada ao tentar levantar pra cuspir.

Ser dentista é ... ouvir o paciente dizer com a cara mais lambida que o braquete quebrou enquanto ele tomava sopa.

Ser dentista é ... acordar de madrugada para abrir o dente e tirar a dor daquele paciente que está enrolando para te pagar o término do tratamento há 3 anos.

Ser dentista é ... remover do meio dos dentes de alguns pacientes, carne suficiente para acabar com a fome na África.

Ser dentista é ... ver o paciente, até babando de tão anestesiado, dizer que a anestesia não pegou.

Ser dentista é ... poder falar para uma pessoa que ela tem mau hálito sem que ele se ofenda.

Ser dentista é ... ver todos os jornais homenageando no dia 18 de Outubro os médicos pelo seu dia, e uma semana depois anunciando que dia 25 de Outubro é o dia do macarrão.

Ser dentista é ... tirar aquela dentadura que não é escovada tem 6 meses da boca do paciente e ainda ter estômago para almoçar depois.

Ser dentista é ... lutar contra seus instintos e tentar não olhar o cofrinho da paciente enquanto ela cospe.

Ser dentista é ... dar o preço para extrair um dente que parecia ser simples, gastar 2 horas para conseguir, e ser obrigado a manter o valor combinado.

Ser dentista é ... estar no mercado, na fila do açougue, e ser abordado por um conhecido, que já abrindo a boca, te pede para dar uma olhadinha pra ver se o dente do "cisne" tá nascendo.

Ser dentista é ... gastar meia hora explicando, de novo, o porque da dentadura inferior não estar firme como a superior.

Ser dentista é ... levar susto com a ânsia de vômito que aquele paciente tem sempre que o espelho clínico toca o céu da boca.

Ser dentista é ... aturar o filho daquela paciente que insiste em vir junto nas consultas e, enquanto espera, consegue destruir todas as revistas da recepção.