segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CÂNCER BUCAL - CENTRO DE TRATAMENTO

COB - Centro de Oncologia Bucal
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Tel. 62 3243-7097


DOENÇAS PERIODONTAIS

Existem muitas doenças que podem acometer o  periodonto, que nada mais é do que  os tecidos que dão suporte aos dentes tais como osso, gengiva, ligamento periodontal e cemento.
As que ocorrem na maioria das vezes e na maior parte da população são chamadas de Periodontite e Gengivite.

Gengivite
Das doenças que atingem a gengiva, a gengivite é a mais comum, causada pela presença de microrganismos (bactérias) que habitam o sulco gengival, ou seja, abaixo da gengiva, estando ali estas bactérias formam um complexo que é chamado de biofilme e são capazes de produzir substâncias que causam danos às células gengivais e conseqüentemente uma inflamação no local.
Os sintomas incluem vermelhidão da gengiva, dor e sangramento ao escovar os dentes.
O que leva ao desenvolvimento da gengivite é má escovação ou falta de escovação dos dentes, pesquisas mostraram que a não realização da higiene bucal leva em dias a instalação do processo inflamatório e a gengivite.
O tratamento da gengivite é simplesmente restabelecer a escovação após as refeições tanto dos dentes como língua e bochechas. Fazendo isso ela regride sem deixar nenhuma seqüela.



Periodontite
A periodontite é a doença periodontal que resulta da extensão do processo inflamatório iniciado na gengiva para os tecidos de suporte dos dentes.
A periodontite é uma inflamação crônica que acomete gengiva, osso e ligamentos de suporte dos dentes, sendo definida como uma condição patológica multifatorial complexa, na qual a microbiota assim como a resposta imunológica do indivíduo contribuem para a destruição do periodonto. Ela é uma das principais causas de perda de dentes em adultos e a principal causa em pessoas idosas, pela destruição aos poucos das estruturas de sustentação do dente durante as manifestações da periodontite ao logo da vida.
Esta doença pode, também, promover mobilidade e mudança de posição dos dentes e seus sintomas incluem sangramento gengival, alteração do paladar, sensibilidade dental, dores e desconfortos gengivais, alteração da cor dos dentes, mau hálito e tártaro, uma vez que há formação de bolsas nestas regiões, geralmente permeadas de bactérias, e destruição óssea. Em muitos casos, os dentes da frente podem se projetar para fora e pode ocorrer presença e acúmulo de pus.
Uma boa higiene bucal e visitas periódicas ao dentista previnem o aparecimento da infecção, uma vez que a formação de placas bacterianas é um dos fatores principais do aparecimento desta. Fumo, bruxismo, deficiências nutricionais, medicamentos e doenças emocionais podem potencializar os efeitos da periodontite.
O tratamento consiste em raspagens e, em casos mais acentuados, cirurgias periodontais. Pode ser necessário o uso de antibióticos.





MAU HÁLITO OU HALITOSE


Hálito é o ar emitido durante a expiração pela boca e pelo nariz.

A halitose, nome científico do mau hálito, é uma anormalidade do hálito, em que são liberados odores desagradáveis. É um sinal indicativo de que alguma disfunção orgânica (que requer tratamento) ou fisiológica (que requer apenas orientação) esteja acontecendo no organismo.

A halitose pode ser classificada da seguinte forma:

·  Halitose fisiológica


É o conhecido mau hálito matinal. Ocorre devido à diminuição do fluxo salivar durante o sono, causando putrefação de células descamadas da mucosa bucal que permanecem retidas na boca gerando odor desagradável. Além disso, o longo período sem ingestão de alimentos diminui os níveis de glicose no sangue, deixando o hálito com odor cetônico.

Pode ser causada também pela ingestão de algum alimento ou bebida que produz ácidos e compostos que são excretados através dos pulmões acarretando no mau hálito temporário.

De modo geral, a halitose fisiológica é uma condição transitória, facilmente controlada com uma boa higiene bucal.

·  Halitose Patológica

É muito mais intensa e persistente. Pode ser dividida em halitose verdadeira, pseudo-halitose e halitofobia. Na halitose verdadeira existe um mau cheiro objetivo, o que não ocorre na pseudo-halitose.

A halitofobia ocorre em pessoas que se preocupam de modo exagerado com o hálito. Geralmente são pacientes que apresentam alteração no olfato e passam a acreditar que possuem halitose, mesmo que não a tenham.
A halitose pode ser de origem respiratória (ex. sinusite e amidalite); digestiva (ex. erupção gástrica, tumores e úlcera duodenal); metabólica (ex. diabetes, alterações hormonais); emocional (ex. estresse); local (ex. acúmulo de placa dentária, cárie, alterações gengivais e periodontais, peças protéticas deterioradas ou mal adaptadas, alteração na composição e quantidade de saliva e principalmente saburra lingual).

Saburra Lingual

É uma das principais causas de mau hálito. Composta de debris (fragmentos) celulares, restos alimentares e saliva que se depositam no dorso da língua dando aspecto esbranquiçado e amarelado na superfície. Fatores como higiene, dieta inadequada, tabagismo, línguas fissuradas e glossites podem contribuir para o excesso de saburra. Esta condição favorece a proliferação das bactérias produtoras de CSV, responsável pelo mau hálito.

Gengivites e periodontites

Geralmente são conseqüências da má higiene bucal resultando no deposito de saliva, restos alimentares e bactérias entre os dentes e na região subgengival formando a placa bacteriana e posteriormente o tártaro. Nesse processo, ocorre retração gengival e formação de bolsas periodontais, que são locais propícios para o acúmulo de restos alimentares e debris celulares, promovendo um processo inflamatório nas estruturas periodontais e gerando sangramentos frequentes.

Esta situação é ideal para a proliferação e ação de algumas bactérias anaeróbicas presentes na flora bucal que por meio de suas enzimas proteolíticas, degradam peptídeos contendo metionina e cisteína produzindo os compostos sulfurados voláteis (CSV) que causam mau hálito.

Xerostomia

A saliva é um importante mecanismo de lubrificação e participa do controle da flora bacteriana. Assim, a redução de saliva pode causar mau hálito.

Amidalites

Outros causadores do mau hálito são as secreções purulentas, exsudado inflamatório e necrose tecidual que podem estar presentes na amidalite. Além disso, pode haver o acúmulo de restos alimentares em decomposição e debris celulares nas criptas das tonsilas palatinas, gerando halitose.

Sinusites

A presença de secreção nasossinusal estagnada, sangue e secreção purulenta, além do exsudado inflamatório e a participação de bactérias anaeróbicas podem produzir aromas desagradáveis.

Alterações gastrintestinais

Qualquer situação que provoque alteração dos mecanismos esofágicos de propulsão do bolo alimentar pode gerar mau hálito.
O refluxo gastroesofágico raramente é causa de halitose crônica verdadeira persistente. Na maioria das vezes provoca um odor passageiro semelhante a uma regurgitação refletindo o cheiro da refeição mais recente.

Alimentos

Alguns alimentos como alho, cebola, álcool e condimentos são digeridos e absorvidos pelo intestino, mas produtos do seu metabolismo permanecem na corrente sanguínea por tempo prolongado e são liberados pelos pulmões.

Medicamentos

Medicamentos como antidepressivos, diuréticos e anti-histamínicos podem reduzir o fluxo salivar, contribuindo para halitose. Além disso, antibióticos usados na otorrinolaringologia geram aroma metálico característico.

Existem exames para medir a gravidade da halitose, entre eles a sialometria (medição do fluxo salivar) e o halímetro (que mede a quantidade de compostos sulfurados voláteis presentes na boca).
O tratamento depende da causa, por isso é importante o diagnóstico correto, o mais rápido possível para que se possa curar a halitose através do método adequado.



A prevenção é a medida mais importante no caso do mau hálito e acaba sendo a principal forma de tratamento. Deve-se ficar atento a alimentação, bem como manter uma boa higiene bucal.
Pessoas com tendência a terem mau hálito devem evitar comer carne gordurosa, fritura, brócolis, couve-flor, repolho, cebola. Devem dar preferência ao leite desnatado e ao queijo branco ou ricota, evitar bebidas alcoólicas, fumo e medicamentos com cheiro acentuado.
Uma boa frequência de ingestão de água e de alimentos que contenham carboidrato é importante. A alimentação rica em cenoura, maça e outros alimentos fibrosos auxilia na promoção de uma limpeza dos dentes, na linha da gengiva.
É muito importante que a higiene bucal e lingual seja caprichada. Os dentes devem ser escovados após as refeições e quando houver necessidade. Para a eliminação da saburra, deve ser utilizados limpadores de língua específicos em cada escovação. Além disso, o uso do fio dental e a realização de bochechos com anti-sépticos bucais melhoram o problema.
Pode também ser feita a estimulação de saliva de maneira fisiológica com balas sem açúcar, gomas de mascar, gotas de suco de limão com um pouco de sal. Existem também produtos que ajudam umidificar a boca.
Consultas periódicas ao dentista são essenciais, principalmente para uma higienização mais profissional (melhorando a eficácia na remoção da placa bacteriana ou acúmulo de tártaro).
Por que a pessoa que tem halitose não sabe de sua condição?
Isso ocorre porque o olfato, assim como a visão, é suscetível a grande adaptação. Na primeira exposição a um cheiro muito forte, a sensação pode ser muito intensa, mas dentro de alguns minutos, o odor quase não é mais sentido. Dessa forma, as pessoas ficam incapazes de avaliar sua própria halitose.

Dicas para saber se você tem mau hálito

1 – Faça um auto-exame de língua diante de um espelho, para verificar a presença de saburra lingual,

2 – Pergunte a alguma pessoa (de preferência um familiar que será sincero),

3 – Existem aparelhos capazes de medir o hálito, dessa maneira é possível saber se há halitose.